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terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Souza Soares com um pé no Grupo Principal

Após a passagem das nove agremiações do Grupo de Acesso nesta segunda-feira de carnaval, a Sousa Soares despontou como virtual campeã. O desfile que homenageou a Rainha Cris Alves foi arrebatador. Bom samba, boa bateria, fantasias e alegorias de excelente acabamento aliados ao carisma de Cris Alves, não deixaram dúvidas: a Souza estará na elite do carnaval niteroiense em 2016. As demais escolas apresentaram desfiles equilibrados.


Cris Alves brilhou no segundo dia de desfile na Rua da Conceição

Dessa vez a chuva deu uma trégua e a noite agradável proporcionou bons desfiles. O público compareceu em bom número, prestigiando o evento, mesmo com tão pouco conforto. É preciso repensar uma nova estrutura que atenda ao público. A nota triste da noite foi o falecimento de um integrante da bateria do Galo de Ouro. O ritmista passou mal na saída do recuo da bateria, foi atendido no posto médico da avenida, mas não resistiu.

Estreante no Grupo de Acesso, o Galo de Ouro abriu o desfile às 20h em ponto. Com um enredo que narrava a importância da preservação da natureza, a escola apresentou um início de desfile impactante, todo em preto, representando a criação do universo. As fantasias que passaram a seguir deram fácil leitura ao enredo. Porém o nervosismo habitual de uma abertura foi percebido. Próximo ao recuo, algumas alas precisaram correr para suprir o espaço deixado pela bateria. A exuberante Nathy Fernandes brilhou à frente da bateria. A bela apresentação, foi interrompida pelo incidente com o ritmista. "Eu estava muito feliz, evoluindo com ele, tocando cuíca quando caiu em cima de mim. Muito triste", lamentou Nathy.

Com atraso, em consequência do fechamento da pista para atendimento ao ritmista da Galo de Ouro, entrou na avenida o Unidos do Sacramento. Em seu discurso o presidente da agremiação Almir Brandão lamentou a ausência de muitos componentes. "O transtorno causado não foi pela nossa agremiação, tudo foi culpa dos bandidos que colocaram fogo no Caramujo impedindo a passagem dos ônibus da escola, mesmo assim vamos para dentro, a escola está bonita e viemos para ganhar o carnaval", disse Almir ao microfone. De fato a escola gonçalense estava bonita, mas poucos componentes cantavam o samba. Destaque para a bateria de Mestre Barrão.

Terceira escola da noite, a maior vencedora da revitalização, mas recém rebaixada, desfilou a Mocidade independente de Icaraí. Sempre aguerridos, os sambistas do morro do Cavalão fizeram um desfile de muita garra. Com um enredo em homenagem aos antigos carnavais foram lembradas as duas escolas mais antigas da cidade, a Sabiá e a Combinado do Amor, e as representantes da cidade no Rio de Janeiro, Cubango, Viradouro e Sossego. 


A 'iluminada' Danúbia, rainha da bateria da Mocidade.

Nos quesitos plásticos as três primeiras agremiações mantiveram o mesmo nível.

Num patamar acima, se apresentou a Souza Soares. Na quarta escola da noite sobraram destaques. A começar pela homenageada, Cris Alves. Esbanjando carisma, a atual Rainha da bateria do Cubango participou ativamente do desfile, interagindo com o público acompanhada de seu tamborim. Nos quesitos plásticos a Souza também deu show com fantasias e alegorias de bom acabamento. Enfim, um desfile pra ninguém botar defeito. Grande favorita ao título.

Com a responsabilidade de desfilar após a melhor apresentação da noite entrou na avenida o Balanço do Fonseca. Com enredo sobre as danças, os sambistas do Santo Cristo levaram vários ritmos para a avenida. Destaque para a batida funk da bateria de Mestre Neguti.

Logo depois foi a vez da Independente do Boaçu. Como de costume a escola gonçalense apresentou bom contingente e alegorias grandes. As fantasias deram boa leitura ao enredo "Que país é este", que abordava as mazelas do cotidiano brasileiro.

Sétima escola da noite o Bafo do Tigre teve um pequeno problema antes de iniciar seu desfile. Intérpretes da escola e técnicos do som da avenida discutiram. Tudo resolvido pela turma do 'deixa disso', os sambistas do Morro do Estado fizeram aquilo que mais sabem: 'Samba'. O desfile apresentou enredo afro com destaque para a comissão de frente e para o time de musas à frente da bateria.

O Experimenta da Ilha da Conceição, oitava a desfilar, apresentou grande contingente. Animados, seus componentes cantaram o samba com empolgação. O Experimenta fez uma viagem à civilizações através do zodíaco. O conjunto de fantasias foi o ponto forte do desfile.

A alegria do Experimenta

Já a União da Engenhoca encerrou o desfile de segunda-feira com uma bela homenagem aos 60 anos de fundação da Mocidade Independente de Padre Miguel. Vários integrantes da escola da Zona Oeste participaram do desfile ao som de um dos melhores sambas da noite, interpretado por Diego Nicolau.

Altos e baixos
Talvez esse tenha sido o mais disputado carnaval do grupo de acesso. Com exceção da Souza Soares, que fez um desfile arrebatador, as outras oito escolas vão brigar pelas melhores classificações ou pelo rebaixamento.
Pelo que observamos, a maioria das escolas desse grupo ainda precisa melhorar a qualidade das alegorias. O nível de acabamento dos carros ainda é insuficiente para quem tem pretensão de chegar à elite do carnaval.

Ouro ponto que dever ser trabalhado pelas escolas é a entrada no recuo da bateria. A maioria deixa abrir muito espaço para o restante das alas.

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